terça-feira, 31 de março de 2015

Pensamentos de Milton Santos

Pensamentos de Milton Santos



Relatos do Geógrafo Milton Santos no Livro: Metamorfoses do Espaço Habitado
"A mundialização que se vê é perversa ( Santos, 1978 ) . Concentração e centralização da economia e do poder político, cultura de massa, cientificização da burocracia, centralização agravada das decisões e da informação, tudo isso forma a base de um acirramento das desigualdades entre países e entre classes sociais, assim como da opressão e desintegração do indivíduo. Desse modo se compreende que haja correspondência entre sociedade global e crise global. É igualmente compreensível, mas lamentável, que esse movimento geral tenha atingido a própria atividade científica".

"Quando a ciência se deixa claramente cooptar por uma tecnologia cujos objetivos são mais econômicos que sociais, ela se torna tributária dos interesses da produção e dos produtores hegemônicos e renuncia a toda vocação de servir a sociedade. Trata-se de um saber instrumentalizado, onde a metodologia substitui o método".

Uma das características do 'espaço habitado é, pois, a sua heterogeneidade, seja em termos da distribuição numérica entre continentes e países (e também dentro destes), seja em termos de sua evolução. P.15

“(...) o meio urbano é cada vez mais um meio artificial, fabricado com restos da natureza primitiva crescentemente encobertos pelas obras dos homens

"Parece-nos que, hoje, a geografia tende a ser cada vez mais a ciência dos lugares criados ou reformados para atender a determinadas funções, ainda que a forma como os homens se inserem nessa configuração territorial seja ligada, inseparavelmente, à história do presente".

"O burgo, lugar onde o trabalho livre é possível, concentra os artesãos; o pedreiro, o alfaiate, mas também os comerciantes".

(...) "a cidade é um elemento impulsionador do desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas".

"A geografia deve preocupar-se com as relações presididas pela história corrente".

"Cada pessoa, cada objeto, cada relação é um produto histórico".

"Todos os espaços são geográficos porque são determinados pelo movimento da sociedade, da produção".

Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. P.22

"A modernização da agricultura, a dispersão industrial introduzem formas novas de organização espacial".

"Carl Sauer, pai da geografia cultural - muito próxima da antropogeografia de Ratzel e da geografia humana de Vidal de Ia Blache - propôs que considerássemos dois tipos de paisagem, a natural e a artificial".

"A produção do espaço é resultado da ação dos homens agindo sobre o próprio espaço, através dos objetos, naturais e artificiais. Cada tipo de paisagem é a reprodução de níveis diferentes de forças produtivas, materiais e imateriais, pois o conhecimento também faz parte do rol das forças produtivas".

"A cidade é essa heterogeneidade de formas, mas subordinada a um movimento global".

"A paisagem não é dada para todo o sempre, é objeto de mudança. É um resultado de adições e subtrações sucessivas. É uma espécie de marca da história do trabalho, das técnicas".

"A paisagem é um palimpsesto, um mosaico, mas que tem um funcionamento unitário. Pode conter formas viúvas e formas virgens".

(...) "o homem é sujeito, enquanto a terra é objeto".

"O progresso técnico não elimina a ação da natureza".


"Assim como a história jamais se escreve na véspera, a nova história das relações do homem com a natureza não pode ser cabalmente prevista".

segunda-feira, 30 de março de 2015

Educação x Escolarização


El Niño, La Niña


Animação sobre as áreas de atuação e alterações gerados por esses fenômenos.

Movimentação das massas de Ar

Alunos do 2º de Geografia essas são imagens de movimentação das massas de ar de Janeiro de 2011. Observem suas áreas de atuação e seus movimentos.

Meio Ambiente (Até quando?)


Somente quando for cortada a última árvore, poluído o último rio, pescado o último peixe, é que o homem vai perceber que não pode comer dinheiro!"
Greenpeace

terça-feira, 24 de março de 2015

Novas regras para o Paraíba do Sul são apresentadas ao Grupo de Monitoramento da Bacia
20/3/2015
Rio Paraíba do Sul (RJ)
chamada
A Agência Nacional de Águas apresenta hoje, na reunião do Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica da Bacia do Rio Paraíba do Sul, do Comitê de Integração da Bacia (Ceivap), a minuta de Resolução Conjunta ANA/DAEE/INEA/IGAM* que vai definir as novas regras de operação do Sistema Hidráulico do Paraíba do Sul, que inclui os reservatórios de Funil, Santa Branca, Paraíbuna e Jaguari, além da estrutura de transposição das águas do Paraíba do Sul para o rio Guandu, que abastece a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ).
A minuta apresenta as novas regras para a operação dos sistema hidráulico da bacia, já aprovadas pelos secretários estaduais responsáveis pela gestão de Recursos Hídricos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, estados que dividem a Bacia. A minuta também será apresentada, em data a ser marcada, ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que em novembro do ano passado reuniu-se com os governadores, a ANA e o Ibama, após discussão com os comitês usuários das bacias, durante o mês de abril.   
As regras não valem para o atual período de baixos índices pluviométricos (chuvas) e visam evitar que situações como a atual venham a se repetir. O início de vigência da nova operação será informado oportunamente. O grupo técnico que discute a segurança hídrica da Bacia do Paraíba do Sul foi formado em julho de 2014 e, além das novas regras, avaliou também a proposta de interligação, proposta por São Paulo, dos reservatórios de Jaguari (rio Jaguari –SP, afluente do Paraíba do Sul) ao Atibainha, que integra o Sistema Cantareira (SP).    
* Agência Nacional de Águas. Departamento de Águas e Energia Elétrica (SP), Instituto Estadual do Ambiente (RJ) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas
Texto:Cláudia Dianni - ASCOM/ANA
Foto: Zig Koch / Banco de Imagens ANA
http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=12680